Já
observei mais de uma vez, seja em filmes, na poesia ou em outro tipo de
literatura, alguém se referir à vida como uma grande escada, onde a
cada ano subimos um degrau em direção ao topo, o que nos faz a cada
momento da vida encarar nossa existência de uma perspectiva
completamente diferente das etapas anteriores.
Sim
é isso mesmo, quanto mais alto estivermos nesta escalada de
amadurecimento, maior será nossa dimensão do todo e de como somos
frágeis diante do movimento da roda da vida. Muitos não admitem ou mesmo
confessam, mas essa percepção decorrente do passar dos anos se
estabelece em nós independente de sexo, raça, credo ou condição social.
Olhar
para o mundo de um degrau mais alto algumas vezes chega ser assustador,
muito diferente da visão que temos dele quando estamos no início da
escada da vida. Uma comprovação desta afirmação é que no período da
infância não temos medo praticamente de nada, nem mesmo de colocar o
dedo dentro da tomada elétrica na parede.
Mais
a coisa fica ainda pior quando chegamos à nossa adolescência, onde nos
tornamos “os poderosos e imortais”, aqueles que podem fazer todas as
coisas sem que ocorra nenhuma consequência em suas vidas. Ao entrarmos
na juventude temos a certeza de que somos os melhores do mundo em tudo
que fazemos ou praticamos, mas com o passar do tempo... descobrimos que
as coisas não são bem assim, porque agora amadurecidos, compreendemos
uma pouco melhor nossa fragilidade e o valor da vida.
É
preciso explicar que a palavra “assustar” citada acima não ocorre por
medo, mas sim pela expansão da nossa consciência, que ao amadurecer na
escada da vida percebe melhor o valor do que recebemos de Deus, ou seja,
a grande oportunidade de existir e amar o Criador, bem como as pessoas
de uma forma geral. Para encerrar deixo aos meus leitores uma pergunta:
“O que vocês estão fazendo com este grande privilégio?
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